Máfia do ouro engana Casa da Moeda e lucra sete milhões no mercado negro
Grupo de 30 pessoas e sete empresas de Gondomar estão a ser julgadas no Tribunal de São João Novo, no Porto, por associação criminosa, fraude fiscal e branqueamento de capital.
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Durante quatro anos, um grupo de 30 ourives e intermediários de Gondomar terá alimentado o mercado paralelo da venda de peças de ouro em todo o país. O esquema seria chefiado por um industrial, acusado de ter organizado uma complexa fraude fiscal que enganava o sistema de marcação de ouro das contrastarias da Casa da Moeda. O grupo, que está atualmente a ser julgado por associação criminosa, fraude e branqueamento de capitais no Tribunal de São João Novo, terá lesado os cofres do Estado em mais de sete milhões de euros. Sete empresas também respondem pelos mesmos crimes.
“Uma profunda economia subterrânea”. É com esta expressão que o Ministério Público (MP) de Gondomar descreve o esquema da fraude fiscal milionária e que começou com o aproveitamento da licença oficial de um fabricante de ouro inativo.