Estão em curso 216 inquéritos sobre práticas passíveis de constituírem crimes, relativas ao processo de vacinação contra a covid-19 em Portugal. Mais de 50 pessoas foram constituídas arguidas.
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"Na sequência das notícias vindas a público e persistindo factos que levantam suspeitas da continuação de eventuais desvios ou fraudes no processo de vacinação contra a covid-19, comunica-se que foram, até ao momento, iniciados 216 inquéritos crime, de norte a sul do país, incluindo regiões autónomas, sobre esta matéria", informa comunicado da Polícia Judiciária e da Procuradoria-Geral da República enviado às redações esta sexta-feira.
Entre os inquéritos, destaca a nota, há cerca de 30 cujas investigações desenvolvidas pela PJ já foram concluídas e remetidas aos titulares.
Paralelamente, foram, até ao momento, constituídos mais de 50 arguidos, "estando em causa indícios da prática dos crimes, sobretudo, de recebimento indevido de vantagem, abuso de poder, peculato, apropriação ilegítima ou abuso de confiança".
"Estas investigações implicaram a rigorosa definição temporal dos atos sob suspeita e a aferição de conformidade de cada uma das situações concretas com os normativos vigentes", tendo em conta os regulamentos sobre esta matéria, pode ler-se na nota.
As investigações prosseguem sob a tutela do Ministério Público, em cooperação com a Polícia Judiciária.