A Polícia Judiciária deteve, esta quarta-feira, Marco Orelhas e mais oito pessoas, por coautoria do homicídio de Igor Silva nos festejos do título do Porto, na madrugada do dia 8 de maio. Os detidos terão impedido a fuga do adepto, permitindo que fosse esfaqueado até à morte
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A operação policial, denominada de "Fim de festa", começou pelas 7 horas e visou cumprir 13 mandados de busca domiciliária, maioritariamente no Bairro do Cerco do Porto, e nove de detenção fora de flagrante delito, emitidos pelo Ministério Público do DIAP do Porto, "visando um conjunto de indivíduos sobre os quais recaem suspeitas de coautoria do homicídio qualificado ocorrido na madrugada do dia 8 de maio na cidade do Porto", afirma em comunicado, a PJ.
As diligências da Judiciária levaram à identificação de todos os indivíduos que, em conjugação de esforços, impediram a fuga de Igor Silva. O que terá permitido a Renato Gonçalves, filho de Marco Orelhas, e único suspeito do homicídio, esfaquear a vítima.
Nenhum dos detidos esteve envolvido nas agressões, registadas em vídeo, a um outro adepto que se encontrava em cima do contentor utilizado para guardar material da claque dos Super Dragões.
Das buscas realizadas, que contaram com o apoio do Corpo de Intervenção da PSP do Porto, "resultou a apreensão de relevantes elementos probatórios, os quais irão ser agora devidamente processados".
Carlos Duarte, advogado de alguns dos arguidos, afirmou, falando à porta das instalações da Polícia Judiciária do Porto, que não foi apanhado de surpresa por estas detenções.
"Deveram-se à pressão mediática sobre o caso e não me surpreenderia se houvesse mais detenções nos próximos dias", referiu.
Os detidos, com idades compreendidas entre os 20 e os 42 anos, alguns com vastos antecedentes criminais pela prática de crimes violentos, vão ser presentes à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas.