A professora acusada de 10 crimes de maus-tratos a crianças nas escolas do primeiro ciclo de Aldreu e Fragoso, ambas em Barcelos, está a ser julgada à porta fechada. Olívia Magalhães terá agredido verbal e fisicamente uma dezena de menores entre os anos de 2009 e 2016.
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A defesa da arguida interpôs um pedido ao juiz alegando que já estaria a ser julgada em praça pública pelo que pediu para que as sessões fossem à porta fechada. O juiz deu cabimento à argumentação da defesa e, também para proteger a privacidade das alegadas vítimas, decidiu excluir publicidade do julgamento.
Esta segunda-feira, durante a manhã foi ouvida apenas a arguida. Para o período da tarde, iriam começar a ser ouvidas as testemunhas, entre elas os menores.
Ao final da hora de almoço, os jornalistas estavam a falar com a mãe de uma das crianças visadas. Carla Ribeiro, que é também assistente no processo, explicava que, após os alegados atos de violência, a filha deixou de ser capaz de dormir sozinha, passou a sofrer de bruxismo e está a ser acompanhada por um pedopsiquiatra.
Enquanto Carla Ribeiro falava aos jornalistas, aquele que se julga ser o marido de Olívia Magalhães interrompeu a conversa, com palavras insultuosas, dizendo que tudo o que estava a ser dito era mentira. Quando questionado, o homem nunca se identificou e acabou por ser afastado pelos filhos.
Já durante o período da manhã, aquele que será o marido de Olívia Magalhães ameaçou também uma testemunha. O homem seguiu-a até à casa-de-banho. A altercação terminou com a intervenção de um militar da GNR que, ao aperceber-se do tom de voz alterado, entrou no local.
A próxima sessão do julgamento está marcada para 16 de abril.