Mariscadores resgatados recusam ajudas e voltam para espaços deploráveis
Operação policial em junho contra exploração de imigrantes e contrabando de amêijoa pouco ou nada mudou. Asiáticos estavam afinal em situação regular e continuam alojados num antigo restaurante e em armazéns. Documentos emitidos por juntas de freguesia a centenas de imigrantes têm as mesmas moradas e testemunhas.
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Centenas de imigrantes nepaleses, tailandeses e malaios continuam a residir em cubículos num antigo restaurante no Montijo e em armazéns em Alcochete. São os mesmos locais de onde foram retirados pela Polícia Marítima em junho passado, numa megaoperação contra o contrabando de amêijoa-japónica do Tejo e exploração de mão de obra ilegal. Hoje, os imigrantes moram nas condições que então eram tidas como deploráveis e sub-humanas pela investigação e saem todos os dias para apanhar amêijoa no Tejo.
Na operação da Investigação Criminal da Polícia Marítima, em junho, as autoridades verificaram que os imigrantes tinham a situação regularizada no agora extinto Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).