Os cinco homens, mecânicos ou ligados a oficinas automóveis, que, na terça-feira, foram detidos pela PSP por furto de carros e roubos a donos e funcionários de bombas de gasolina, quando estes se preparavam para depositar dinheiro no banco, no Grande Porto, já tinham cadastro por crimes idênticos.
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“Alguns deles já foram condenados e, inclusive, já [cumpriram] penas de prisão por crimes semelhantes, outros estão indiciados no âmbito de processos similiares”, afirmou, esta quarta-feira, o subintendente Jorge Pimenta, na sede da Divisão de Investigação Criminal do Porto. Apenas um sexto elemento, também detido na mesma operação por estar na posse de um bastão extensível, não tem ficha policial.
Os seis homens, entre os 32 e os 41 anos e com elevados conhecimentos de mecânica, são suspeitos de pertencer a um grupo criminoso, altamente organizado, que furtava viaturas automóveis, mas não só, no Grande Porto. Em concreto, atuavam em Gondomar, Matosinhos e Porto, onde decorreram as buscas domiciliárias e não domiciliárias no dia de ontem, mas também em outros concelhos da Área Metropolitana do Porto como Vila Nova de Gaia, Maia, Valongo, Vila do Conde ou Ermesinde. Após os crimes, os indivíduos desmantelavam os carros e vendiam as peças ou então abandonavam-nos “em locais distantes para ocultação de prova.“
“No decorrer do inquérito percebemos que estas viaturas eram utilizadas noutro tipo de crimes, novamente contra a propriedade, mas aqui implicando alguma violência”, acrescentou o mesmo responsável, detalhando que o grupo terá efetuado, pelo menos, quatro roubos, três deles a funcionários ou a responsáveis de gasolineiras. Neste caso, as vítimas eram “escolhidas minuciosamente“ e alvo de emboscadas, quando se deslocavam às instituições bancárias para fazerem o depósito do dinheiro.
Num dos casos, precisou a mesma fonte, “houve um disparo para o ar. Noutro, também o cidadão foi agredido e pontapeado", por ter resistido. No total, foram roubados cerca de 100 mil euros, dos quais 34 mil foram agora recuperados. Durante a operação, foram ainda apreendidas várias armas de fogo, inibidores de sinal de telemóvel e walkie-talkies, que o bando usava nos roubos e que, segundo a PSP, demonstrava o seu elevado grau de preparação.