Médica proibida de exercer por quatro anos após medicar jovem asmático que morreu
A médica do centro de saúde de Arouca que, em 2017, prescreveu um medicamento contraindicado a um jovem asmático de 16 anos, que veio a morrer, foi proibida de exercer durante quatro anos. A mulher foi condenada a três anos de prisão, mas a pena foi substituída pelo impedimento de trabalhar no SNS ou em privados.
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A decisão foi confirmada no mês passado pelo Tribunal da Relação do Porto que a condenou por um crime de homicídio por negligência grosseira. O caso remonta a 7 de maio de 2017 quando João Fernandes se deslocou ao centro de saúde com tosse, dor de cabeça e febre. Após observá-lo, a arguida, sem consultar os registos ou a ficha clínica do jovem, prescreveu um medicamento contraindicado a João, que recorria frequentemente a tal serviço e tinha como antecedentes clínicos asma brônquica e polipose nasal.
Depois de lhe ser administrado o medicamento por via intravenosa, o jovem entrou em paragem cardiorrespiratória e foi transferido para o Hospital de São João, em coma induzido, onde morreu, uma semana depois, a 15 de maio. A autópsia não excluiu uma eventual reação anafilática.