Ministério Público acusou de corrupção quatro clínicos, dois deles delegados de saúde. Passariam certidões de óbito à distância, por 40 ou 50 euros.
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O Ministério Público acusou quatro médicos de Bragança, dois deles delegados de saúde, cinco pessoas ligadas a três agências funerárias e ainda o filho de um dos clínicos, por dezenas de crimes de corrupção para ato ilícito, abuso de poder e acesso indevido. Os médicos terão passado certidões de óbito às funerárias sem ver os defuntos, entre 2020 e junho de 2021, mês em que a Polícia Judiciária de Vila Real desmantelou o esquema. O principal arguido, o delegado de saúde José Moreno, falaria em “taxa moderadora” quando pedia dinheiro às funerárias, que queriam acelerar a realização dos enterros.
De acordo com a acusação do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional do Porto, José Moreno e Cristina Raposo eram delegados de saúde da Unidade Local de Saúde do Nordeste, sendo assim uma autoridade de saúde. Já Fernando Andrade, que terá passado apenas três certidões, e Domingos Borges, acusado de um único crime, são de medicina geral e familiar.