Um médico de Ponta Delgada foi condenado a cinco anos e meio de prisão pelos crimes de importunação sexual, abuso sexual de pessoa incapaz de resistência e coação sexual. Duas das vítimas eram suas pacientes e o arguido nunca mostrou arrependimento. Ficou proibido de exercer Medicina por 10 anos.
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Os factos ocorreram ao longo de três anos, em setembro de 2021, agosto de 2022 e setembro de 2023, no concelho de Ponta Delgada, nos Açores. Para a medida da pena, o tribunal teve em conta "a elevada gravidade dos atos cometidos, o dolo intenso e direto" e a "ilicitude elevada".
Foram também tidos em consideração a existência de três vítimas e o modo de execução dos crimes. Foram "praticados com abuso de confiança gerada pela profissão de médico, aproveitando-se da vulnerabilidade das vítimas", assinala uma nota da Procuradoria Geral da República. Foi ainda realçada a conduta posterior do arguido, "que revelou falta de arrependimento e ausência de autocensura, às consequências para as vítimas e às exigências de prevenção geral e especial".
Além da pena de cinco anos e meio de prisão, o arguido foi também condenado na pena acessória de proibição de exercício de funções por 10 anos. A investigação foi dirigida pelo MP de Ponta Delgada do DIAP dos Açores, coadjuvado pela Polícia Judiciária.