Os detidos da primeira megaoperação da Unidade Nacional de Contraterrorismo da PJ contra o tráfico de seres humanos em explorações agrícolas no Alentejo, realizada em 2022, começam esta segunda-feira a ser julgados em Beja. No banco dos réus, sentam-se 22 pessoas, com idades entre os 22 e os 58 anos, e duas empresas.
Corpo do artigo
Os arguidos respondem por associação criminosa, tráfico de pessoas, branqueamento de capitais e detenção de arma proibida. A rede está acusada pelo Ministério Público de ter explorado mais de 60 cidadãos da Roménia, Moldávia, Índia, Senegal, Paquistão, Marrocos e Argélia, entre outros países. Terão sido aliciados para trabalhar na agricultura no distrito de Beja e vítimas de gente sem escrúpulos.
A 23 de novembro de 2022, a megaoperação decorreu nos concelhos de Beja, Cuba, Serpa e Ferreira do Alentejo e contou com 400 inspetores. O inquérito foi tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa e, há dois anos, as diligências no terreno foram acompanhadas pelo juiz Carlos Alexandre.