Cerca de meio milhar de elementos de forças de segurança (PSP, GNR e guardas prisionais) caminharam até à Praça da República, em Coimbra, na noite desta sexta-feira, por salários mais dignos na profissão.
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“É um convívio, um movimento espontâneo. Estamos unidos por uma luta comum: vencimentos mais dignos”, justifica Orlando Machado, agente da PSP. Cláudia Gomes, guarda prisional, admite que os vencimentos atuais estão a evitar que os jovens adiram às forças de segurança.
“Queremos um ordenado digno, nenhum jovem quer vir para as forças de segurança, com um salário de 970 euros, a ter de fazer a formação em Lisboa com os preços que lá se praticam”.
Os vários elementos arrancaram da esquadra da PSP, do quartel da GNR e do Estabelecimento Prisional de Coimbra pelas 20 horas, chegando à Praça da República cerca de uma hora depois, empunhando velas acesas.
“Esperemos que esta luz que cada um carrega ilumine a tutela”, considera Orlando Machado.
Em final de carreira na PSP, Arlindo Guerreiro também aderiu ao movimento. “Estamos a ser esquecidos. Teve de ser o nosso camarada Pedro Costa, com cinco anos de Polícia, a alertar a sociedade e o poder político para os problemas que estamos a viver”, destaca.
Depois de concentrados na Praça da República, os elementos das forças de segurança entoaram o hino nacional.