Mexia, Pinho e Manso Neto acusados de corrupção que deu 840 milhões à EDP
António Mexia e João Manso Neto terão comprado decisões políticas sobre “rendas excessivas” e para obter exploração de duas barragens sem passar pelo crivo de um concurso público.
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No dia em que fez 70 anos, o ex-ministro da Economia Manuel Pinho recebeu, pela manhã, em mãos, a acusação do Processo EDP, em que é indiciado de ter sido corrompido por António Mexia e João Manso Neto, os dois antigos líderes da elétrica nacional, para favorecer os interesses da empresa. De acordo com o Ministério Público (MP), os cofres do Estado foram lesados em 840 milhões de euros. Como contrapartida, a EDP terá patrocinado em 1,2 milhões de dólares a Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, para que Manuel Pinho pudesse dar aulas no prestigiado estabelecimento de ensino.
Além dos três principais arguidos, os procuradores Hugo Neto e João Casimiro acusaram de corrupção passiva dois antigos assessores do Ministério da Economia, Rui Cartaxo e João Conceição, atualmente administrador da REN. O ex-diretor-geral de Energia Miguel Barreto é o sexto arguido do caso.