Luís Bernardo e João Tocha são suspeitos de combinar propostas em consultas públicas para ganhar contratos. Polícia Judiciária fez ontem 34 buscas.
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Foi por suspeitas de concertação na apresentação de propostas de serviços de comunicação e marketing, em diversos concursos públicos, que cerca de 150 elementos da Polícia Judiciária e do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) fizeram ontem 34 buscas em empresas, autarquias, no Ministério da Administração Interna e noutras entidades públicas, bem como em residências de suspeitos. Os principais alvos foram Luís Bernardo, antigo assessor de José Sócrates e ex-diretor de comunicação do Benfica, e João Tocha, outro influente empresário de comunicação, que foi consultor do ex-presidente angolano José Eduardo dos Santos.
São investigadas suspeitas de corrupção, prevaricação, participação económica em negócio, abuso de poderes por titulares de cargos políticos e abuso de poder segundo o regime geral. Tais crimes, de acordo com a PJ, terão causado "elevado prejuízo ao erário público". Poderão estar em causa milhões de euros.