O militar, de 49 anos, estava com Termo de Identidade e Residência e proibido de contactá-la, mas alegado incumprimento das medidas cautelares levou o tribunal a rever a situação e a aplicar a medida de coação mais grave.
Corpo do artigo
O Juiz de Instrução Criminal do Tribunal de Mirandela aplicou a medida de coação mais grave (prisão preventiva) a um militar do Destacamento de Trânsito da GNR de Bragança por alegado incumprimento da anterior medida cautelar aplicada pelo mesmo tribunal ao oficial de 49 anos, natural de Mirandela, no final de 2022, depois de ter sido detido pela suspeita de ter ameaçado a ex-namorada, com uma arma, no seu local de trabalho, apurou o JN, junto de fonte próxima do processo.
Na altura, após o primeiro interrogatório a que foi submetido, o tribunal decidiu que o militar da GNR ficaria com Termo de Identidade e Residência e proibido de se aproximar da ex-namorada, bem como de a contactar por qualquer meio, e obrigado a cumprir tratamento psiquiátrico.
Posteriormente, a ex-namorada voltou a apresentar várias queixas no Ministério Público contra o militar, acusando-o de ameaças de morte e de injúrias com recurso a perfis falsos no Facebook, expondo imagens íntimas da ex-companheira.
Ao que conseguimos apurar, na passada quarta-feira, a Polícia Judiciária terá realizado buscas na residência do militar, em Mirandela, e terá recolhido provas que indiciam ter sido o autor das mensagens de ameaças e injúrias à ex-namorada.
O militar da GNR vai aguardar o desenrolar do processo em prisão preventiva no estabelecimento prisional militar de Tomar. O homem tem antecedentes criminais relacionados com violência doméstica, praticados contra a ex-mulher.