Tiros disparados perto da GNR, em Coina, no Barreiro, levaram uma militar a aferir a sua origem e identificar um grupo que estaria a caçar em zona proibida, perto de casas. No grupo, estava um sargento da GNR que foi agora alvo de um processo disciplinar, mas que apresentou uma queixa interna contra a militar.
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O caso ocorreu em novembro perto da Mata da Machada, no Barreiro. Uma militar do Destacamento de Trânsito da GNR, ao ouvir tiros disparados perto de casas, tentou aferir a sua origem e localizou um grupo de homens com armas de caça. Na altura em que foram abordados, os homens não estavam a caçar, mas a militar identificou-os por caça ilegal, entendendo que estiveram a disparar numa zona proibida, perto de casas.
O sargento da GNR que estava no grupo de caçadores explicou à militar que o grupo tinha estado numa zona onde a caça é permitida, perto da Mata da Machada. Assegurou ainda que os tiros ouvidos pela militar haviam sido disparados naquela zona. A militar não acolheu as explicações do caçador e identificou o grupo.
O caso foi remetido ao Ministério Público e foi aberto um processo disciplinar contra o sargento. Este processo interno encontra-se suspenso enquanto decorre a investigação do MP.
Entretanto, o sargento suspeito de caça ilegal apresentou uma queixa interna contra a militar que o identificou. O homem, que é comandante de posto na Margem Sul, entende que a militar deve ser alvo de um processo disciplinar da GNR por procedimento abusivo.