Militar da GNR suspenso por entrar em cela com passa-montanhas e agredir detido
Um militar da GNR pôs um passa-montanhas na cabeça e entrou na cela de um homem que ali estava detido, por suspeita de violência doméstica, para o agredir com socos.
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Por tais factos, foi condenado a 60 dias de suspensão e a transferência compulsiva, em decisão disciplinar tomada pela anterior ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, que cessou funções em junho, mas divulgada só agora pela Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI).
O caso ocorreu no ano de 2023, quando a vítima das agressões foi detida e levada para um posto territorial da GNR, onde ficou numa cela. No mesmo dia, o militar, fardado, entrou na zona de detenção com umas luvas calçadas e um passa-montanhas na mão. "Depois de se posicionar de frente para a porta que dá acesso à cela que era ocupada pelo detido, o arguido abriu a porta da cela ao lado (a segunda porta à esquerda de quem acede à zona de detenção, que já se encontrava na posição de semi-aberta), o que, em consequência, reduziu o campo da visão da câmara de videovigilância, e cobriu em seguida a cabeça com o passa-montanhas", relata a IGAI.