A GNR está a rever, há um ano, o processo disciplinar de um antigo militar que foi expulso da corporação há mais de duas décadas. O guarda Jorge G. havia sido detido, em 2000, por suspeita de contrabando de tabaco e de transmissão de informações a contrabandistas e foi dispensado da Guarda, três anos depois.
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Mas, por falta de provas, acabou, mais tarde, por nem ir a julgamento. E, só em novembro de 2023, após três recursos, é que a Guarda foi obrigada pelo Tribunal Central Administrativo do Sul a rever o caso. Se a revisão extraordinária do processo lhe for agora favorável, o militar, de 66 anos, não será readmitido, mas poderá ter direito à reconstituição da carreira e a uma indemnização. Ao JN, o filho do militar diz, no entanto, que o pai já “começa a perder a esperança de não conseguir anos de vida suficientes até à resolução deste processo”.
Quando o JN noticiou o caso, em março do ano passado, a Guarda informou que esperava “a remessa do acórdão, bem como do processo, tendo em vista a sua execução”. Agora, de novo indagada sobre o assunto, a Guarda deu conta de que o processo aguarda “a necessária submissão ao Conselho de Ética, Deontologia e Disciplina, para emissão de parecer prévio, cuja próxima reunião ocorrerá, previsivelmente, na primeira quinzena de abril de 2025.” E que, só depois disso, será remetido ao Ministério da Administração Interna para nova decisão.