Documento enviado pelo major Brazão ao diretor da Polícia Judiciária Militar revela a ambição de conseguir o reconhecimento de Marcelo.
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Obter prestígio e até um louvor do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Segundo o Ministério Público (MP), foi também com essa intenção que elementos da Polícia Judiciária Militar (PJM) encenaram a recuperação do armamento furtado no paiol de Tancos, à custa do encobrimento dos autores do crime, o que causou um autêntico terramoto no Ministério da Defesa, nas Forças Armadas e na GNR.
Entre os arguidos está Azeredo Lopes, ex-ministro da Defesa, que estaria a par da encenação e foi entretanto indiciado por denegação de justiça, prevaricação e abuso de poderes. A acusação final será conhecida entre esta quinta e sexta-feira, data limite para manter sete dos arguidos (os autores do roubo) em prisão preventiva.
Além dos crimes em torno da encenação da recuperação das armas, o MP avançará com acusações como associação criminosa, tráfico de armas, terrorismo internacional e tráfico de droga a um total de 25 arguidos.
Foi num documento do major Vasco Brazão, então porta-voz da PJM, enviado ao ex-diretor da mesma polícia (coronel Luís Vieira) que o MP encontrou o desejo de obter louvores para os militares que recolheram parte do armamento desviado em Tancos. Uma operação que se sobrepôs à PJ civil, que tinha o mandato para investigar o caso.
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