Ministério Público acusa 60 pessoas de corrupção no processo "Tutti-Frutti". Medina ilibado
O Ministério Público (MP) deduziu acusação no âmbito do inquérito conhecido como processo “Tutti-Frutti”. Foram acusados 60 arguidos, pessoas singulares e coletivas, por crimes de corrupção ativa e passiva, branqueamento, prevaricação, tráfico de influência, falsificação ou contrafação de documento e burla qualificada.
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Segundo nota do MP, no inquérito está em causa a prática de atos por parte de titulares de cargos políticos no exercício de funções, tendo o Ministério Público requerido ainda a condenação dos arguidos na perda dos mandatos referentes a cargos políticos de natureza eletiva que estes, então, se encontrem a desempenhar efetivamente, sem prejuízo da declaração de inelegibilidade em atos eleitorais.
Foi, igualmente, requerida a perda das vantagens obtidas pelos arguidos com a prática dos crimes.
Adicionalmente foi também proferido despacho de arquivamento relativamente a seis arguidos, dois dos quais são, atualmente, deputados à Assembleia da República.
O inquérito foi dirigido pelo DIAP Regional de Lisboa, com a coadjuvação da Polícia Judiciária – Unidade Nacional de Combate à Corrupção.
Entre os 60 acusados está, por exemplo, o ex-deputado do PSD Sérgio Azevedo.
O caso de Fernando Medina foi arquivado, pelo que o ex-presidente da Câmara de Lisboa não irá a julgamento. O MP suspeitava que Fernando Medina e o antigo deputado do PSD Sérgio Azevedo teriam mantido reuniões e contactos para disponibilizar uma determinada verba para a Associação Amigos do Rugby. Contudo, a investigação não reuniu provas suficientes para submeter Medina a julgamento.