O Ministério Público (MP) acusou José Castelo Branco de um crime de violência doméstica, referindo que este atuou com o propósito de "maltratar" a ex-mulher, Betty Grafstein. As agressões físicas e verbais contra a vítima começaram logo no início do casamento e prolongaram-se até esta ser internada.
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De acordo com o MP "o arguido forçava a vítima a vestir roupa que escolhia, a ser maquilhada por si e a calçar sapatos que lhe provocavam dores", lê-se numa nota partilhada no site do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
"Com as condutas descritas, o arguido, de 61 anos, atuou com o propósito concretizado de maltratar a vítima, de 95 anos, molestando-a no seu corpo e saúde psíquica, injuriando-a e atemorizando-a, bem sabendo que era a sua mulher e estando ciente da idade desta", refere ainda o MP, que sustenta que a violência só acabou quando "a vítima foi internada num hospital, na sequência de um empurrão alegadamente desferido pelo arguido".
O processo contra o “marchand” de arte começou após várias queixas da mulher junto de profissionais do Hospital CUF Cascais, onde esteve internada em abril. Betty relatou a pelo menos dois enfermeiros e a uma psicóloga que era agredida e maltratada pelo marido. Aliás, o seu internamento, consequência de um fémur partido e ferimentos no braço esquerdo, teria sido resultado de “um empurrão” do próprio e não de uma queda acidental, como Castelo Branco alegara, quando o próprio levou a joalheira à CUF.