Ministério Público analisa novas provas apreendidas em telemóveis na Operação Pretoriano
O juiz de instrução criminal Pedro Miguel Vieira recebeu, na manhã deste sábado, um relatório parcial sobre o conteúdo de quatro telemóveis apreendidos aos arguidos durante a Operação Pretoriano. Mandou suspender os interrogatórios até o Ministério Público analisar essa prova.
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O juiz entendeu existir nos telemóveis apreendidos matéria importante para a descoberta da verdade e que poderá, sabe o JN, alterar os crimes pelos quais os arguidos estáo indiciados. As novas provas foram remetidas ao Ministério Público (MP), que irá as analisar, para eventualmente promover a imputação de novas crimes contra os arguidos. Se o MP assim o fizer, essa mesma prova será remetida aos advogados, para que estes possam preparar as defesas.
Até o MP decidir, os interrogatórios estão suspensos por ordem do juiz Pedro Miguel Vieira. Faltam ouvir, nesta altura, Vítor Manuel Oliveira, conhecido pela alcunha de Aleixo, Vítor "Catão" e o líder da claque Super Dragões, Fernando Madureira. Todos os arguidos, com a exceção de Vítor Aleixo, mantêm-se nas respetivas celas das esquadras em que passaram a última noite.
Neste processo, Fernando Madureira está indiciado pelos crimes de ofensas à integridade física, coação agravada, ameaça, além de instigação pública a um crime e arremesso de objeto.
Toda a prova que foi cautelarmente apreendida pela PSP em casa de Sandra e Fernando Madureira, tal como cerca de 50 mil euros, um Porsche e dois BMW, ainda vão ser analisados pela procuradora do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) do Porto. A incongruência entre os rendimentos declarados e o património da família poderá ser alvo de um processo autónomo, através de uma extração de certidão promovida pelo MP, que ainda não tomou decisão nesse sentido.