O Ministério Público (MP) e a defesa de uma ex-gerente do balcão da Póvoa de Lanhoso da Caixa Geral de Depósitos (CGD), julgada no Tribunal de Braga sob a acusação de se ter apropriado de dois mil euros da conta de uma cliente, pediram "justiça" nas alegações finais que fizeram esta semana. O advogado oficioso da arguida nem produziu alegações e o MP afirmou que os factos ficaram provados, mas nada dizendo sobre a pena a aplicar.
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Filipa Osório não esteve presente, a seu pedido, dado estar a viver na zona de Lisboa e a trabalhar num restaurante, não tendo por isso meios nem disponibilidade para se deslocar a Braga. Ainda foram ouvidas duas funcionárias da Caixa, uma delas a perita que confirmou o furto.
Arguida negou
No processo, a arguida negou o crime e disse que não tem de indemnizar o banco. Já a CGD disse que teve de indemnizar a cliente e pediu a devolução dos 2026 euros.
A acusação do MP de Braga diz que a ex-funcionária, no dia 28 de dezembro de 2018, usou as credenciais informáticas próprias das suas funções, para abrir uma conta em nome de uma cliente então com 89 anos, emitindo a respetiva caderneta bancária, para o que teve de "assinar" e "rubricar" o documento de suporte como se fosse a cliente.
Depois, transferiu para esta conta 51 953 euros de outra conta da cliente procedendo, de 28 de dezembro a 13 de janeiro, na agência central de Braga da CGD e usando a caderneta, a dez levantamentos de 200 euros cada. Responde por crimes de peculato, falsidade informática agravada, acesso ilegítimo agravado e falsificação de documento agravado.