O Ministério Público (MP) e a Polícia Judiciária (PJ) criaram uma equipa especial que se vai dedicar em exclusivo ao caso "Tutti Frutti". São cinco magistrados do MP e outros tantos inspetores da PJ, que irão ter o apoio de um especialista de perícia científica em informática e de um procurador especializado em direito administrativo e direito de contratação pública, na vertente autárquica.
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"O inquérito tem por objeto factualidade de grande sensibilidade e evidente repercussão social, avultando a tecnicidade da matéria, a natureza e volume das diligências já realizadas e das que importará ainda realizar e a qualidade e funções das pessoas visadas, tendo sido declarada a sua excecional complexidade", explica um comunicado da Procuradoria Geral de República.
Nesta altura, o inquérito, cargo da 1ª. secção do DIAP Regional de Lisboa. já conta com 38 volumes processuais e 72 apensos com cerca de 560 volumes.
A complexidade e grandeza do processo "impuseram a adoção de tais medidas visando a célere conclusão da investigação, de modo integrado e coordenado, com reforço da capacidade e da eficácia de resposta", precisa ainda a PGR.
Até ao final do ano, deverá ser feita uma reavaliação do desenvolvimento da investigação, mas também sobre as diligências realizadas e a realizar.
O processo Tutti Frutti investiga crimes de corrupção, tráfico de influência, participação económica em negócio e eventual financiamento partidário envolvendo principalmente figuras do PSD e do PS. O megainquérito, que começou em 2017 e envolve nesta altura duas dezenas de autarquias.