O Ministério Público (MP) pediu a absolvição de um agente da PSP de Cascais e da mulher que estão a ser julgados por burla à Herdade da Malhadinha Nova, em Albernoa, Beja. Em alegações finais, na semana passada, o MP defendeu que há "falta de prova".
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O casal, residente em Cascais, alojou-se naquela unidade hoteleira entre 6 e 8 de setembro de 2019. Usufruiu, duas noites, de alojamento, refeições, massagem, passeio de charrete, piquenique gourmet e volteio no picadeiro, no valor de 2580 euros, que não pagou.
Depois de contactarem a central de reservas da Malhadinha Nova, o casal fez a reserva. Informado de que esta tinha de ter como garantia um cartão de crédito, o casal disse à unidade de que "não dispunham de plafond no cartão", tendo "aceitado" a sugestão para fazer uma transferência bancária.
O casal fez a reserva e, a 6 de setembro de 2019, enviou um comprovativo de uma transferência bancária de 2580 euros, que logo anulou. No mesmo dia, rumou a Beja e exibiu o talão comprovativo do pagamento dos serviços. O alojamento no turismo rural foi autorizado, tendo sido emitida a respetiva fatura/recibo do pagamento da estadia.
Só um dia após saída do casal é que a unidade se apercebeu da burla. A sentença é lida a 29 de abril.
Entretanto, o polícia, de 39 anos, continua ao serviço. "Foi desencadeado um processo disciplinar que se encontra a aguardar decisão judicial", disse ao JN a Direção Nacional da PSP, que não viu motivo para medidas cautelares. A mulher, de 43 anos, cumpre uma pena de prisão de 133 dias, por burla qualificada a que foi condenada noutro processo.