Ministério Público pede prisão para família que espancou duas vezes homem em Guimarães
O Ministério Público pede prisão efetiva no caso que está em julgamento em que cinco elementos de uma família de Guimarães (pai, mãe, dois filhos e nora) atacaram um homem, de 50 anos, no Bairro da Conceição, nos dia 13 de setembro e 5 de outubro de 2022, com recurso a facas, paus e até um martelo.
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Em ambas as ocasiões em que foi agredida, a vítima teve de ser hospitalizada, chegando a estar nos cuidados intensivos. Os arguidos respondem por crimes de homicídio qualificado na forma tentada.
Nas alegações finais, o Ministério Público defendeu que ficou provado que Avelino (pai), mas também Mélio e Elias M. (filhos), Elsa D. (mãe) foram cúmplices e pediu penas de prisão efectiva. Ainda que no caso de Maria A. (esposa de Mélio), que não esteve envolvida na segunda ronda de agressões, o MP tenha admitido a suspensão da pena.
Para os dois advogados de defesa dos elementos da família, o que se passou foi um "acto isolado" de defesa. Os agressores mostraram arrependimento perante o tribunal e não tinham até aqui histórico criminal, pelo que os seus representantes entendem que a pena em que possam vir a ser condenados deve ser suspensa.
Dois ataques
O primeiro ataque aconteceu quando o homem interferiu numa discussão entre o arguido Mélio M. e a proprietária do “Quiosque Amorosa”, por esta lhe ter pedido a identificação, para verificar a idade, antes de aceitar o registo de uma aposta desportiva “placard”. Como resultado desta agressão, levada a cabo por Avelino, Mélio e Elias M., Elsa D. e Maria A., o ofendido teve de ser internado na unidade de cuidados intensivos do Hospital Senhora da Oliveira, apresentando várias feridas de arma branca no couro cabeludo, fraturas vertebrais e cortes nos braços e mãos.
No dia 5 de outubro, pouco depois de o homem ter alta do hospital, Avelino M., os filhos Mélio e Elias e a mulher, Elsa D., montaram-lhe uma emboscada e voltaram a agredi-lo. Nesta ocasião, desferiram-lhe vários golpes de navalha e faca no peito, costas e pescoço que resultaram em novo internamento hospitalar.
O tribunal marcou a leitura do acórdão para o próximo dia 24 de abril.