Ministério Público propõe libertação de fundador da Altice com caução de dez milhões
O Ministério Público (MP) pediu a substituição da medida de coação de prisão domiciliária de Armando Pereira, cofundador da Altice, pelo pagamento de uma caução de dez milhões de euros no âmbito da "Operação Picoas".
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O requerimento do procurador Rosário Teixeira já foi entregue ao juiz de instrução Jorge Bernardes de Melo, que, no início de setembro, substituiu o juiz Carlos Alexandre, avançou a revista "Visão". O JN questionou a Procuradoria-Geral da República e aguarda uma resposta.
Em julho, o MP já tinha apresentado ao juiz de instrução a alternativa de substituir a prisão domiciliária pela caução de 10 milhões de euros. Armando Pereira encontra-se, atualmente, em prisão domiciliária em Guilhofrei, Vieira do Minho.
Tal como o JN noticiou, a "Operação Picoas" visa um esquema que pode ter lesado em centenas de milhões de euros o Estado e a Altice, multinacional de telecomunicações que, em Portugal, comprou a antiga PT. Armando Pereira é suspeito de estar metido num esquema de sobrefaturação que envolve fornecedores da Altice e offshores nos Emirados Árabes Unidos. O bracarense Hernâni Vaz Antunes seria uma espécie de braço direito. Neste caso, investigam-se crimes, nomeadamente, de corrupção no setor privado, fraude fiscal, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.