O Ministério Público quer agravar, de 20 para 23 anos, a pena de prisão aplicada a Renato Gonçalves, condenado pela morte de Igor Silva nos festejos do F. C. Porto, em 2022. Já para o pai, Marco “Orelhas”, e para o tio, Paulo Cardoso, defende uma pena de 20 anos, mais dois do que a condenação em primeira instância.
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No recurso, datado do passado dia 5 e ao qual o JN teve acesso, a procuradora Adriana Faria considera que as penas aplicadas aos três arguidos foram “demasiado benévolas ou brandas”, atendendo à “gravidade” do crime. “Um homicídio monstruoso e essencialmente macabro”, classificou.
O MP sublinha que o assassinato foi cometido “por mais de duas pessoas” e com o emprego de um meio insidioso: “a armadilha, a cilada, a espera, a emboscada”.
“Os arguidos atuaram, igualmente, movidos por um motivo fútil, o mesmo é dizer que atuaram e concertaram uma vingança absolutamente desproporcional e inadequada entre o resultado previsto e o motivo que determinou tirarem a vida a Igor Silva”.
Renato Gonçalves assumira, em tribunal, a autoria de uma facada, quando a autópsia provou que Igor fora atingido com 18 golpes, em diferentes partes do corpo.