O Ministério Público pediu a nulidade da decisão de libertar António Joaquim, amante de Rosa Grilo e um dos suspeitos da morte do triatleta Luís Grilo.
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"O Ministério Público apresentou requerimento de declaração de nulidade do despacho proferido por violação do contraditório relativo ao Ministério Público. Arguiu ainda a irregularidade da alteração da medida de coação por ausência de fundamentação da decisão", explicou a Procuradoria-Geral da República, em resposta enviada à agência Lusa.
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António Joaquim, que se encontrava em prisão preventiva desde setembro de 2018, assim como Rosa Grilo, que se mantém com a mesma medida de coação, saiu esta sexta-feira em liberdade, na sequência de um requerimento apresentado pela defesa, há dois dias, no qual solicitava a revogação da prisão preventiva por entender que "não existiam elementos provatórios que pudessem sustentar a tese da acusação".
Ricardo Serrano Vieira, advogado do arguido, explicou à Lusa que "as circunstâncias que determinaram a prisão preventiva estavam invariavelmente alteradas, assim como a ausência das exigências cautelares".
A acusação do MP atribui a António Joaquim a autoria do disparo sobre Luís Grilo, na presença de Rosa Grilo, no momento em que o triatleta dormia no quarto de hóspedes na casa do casal, na localidade de Cachoeiras, Vila Franca de Xira, em Lisboa.
O corpo foi encontrado com sinais de violência e em adiantado estado de decomposição, mais de um mês após o desaparecimento, a cerca de 160 quilómetros da sua casa, na zona de Benavila, concelho de Avis, distrito de Portalegre.
Rosa Grilo e António Joaquim vão conhecer o acórdão em 10 de janeiro de 2020, pelas 14 horas, informou o Tribunal de Loures.