Manobrador de máquinas já estava impedido de se aproximar da vítima, mas nunca cumpriu medida de coação. Mulher perseguida foi atacada no interior da residência.
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Depois de vigilâncias e perseguições, um manobrador de máquinas, de 39 anos, forçou a entrada na casa da ex-mulher, em Gondomar. E já no interior da residência, onde permanecia o filho de ambos, agrediu a vítima, que já estava impedido de contactar. Devido ao escalar da violência registado nos últimos dias, o agressor foi detido pela GNR e colocado, pelo juiz de instrução criminal, em prisão domiciliária.
O casamento de anos foi sendo marcado por episódios de violência, nos quais a mulher, agora com 37 anos, era insultada e agredida. Também devido ao consumo excessivo de álcool, o manobrador de máquinas nunca alterou o comportamento e, em outubro de 2020, a companheira avançou com o divórcio.
Todavia, mesmo com o fim da relação, o indivíduo manteve as ameaças, perseguições e vigilâncias à mãe do seu filho, levando a que esta apresentasse uma queixa na GNR, que esteve na origem de uma decisão judicial a proibi-lo de a contactar. As regras impostas pelo tribunal nunca foram, contudo, cumpridas pelo agressor.
Este, aliás, manteve as vigilâncias à casa da antiga família, a mesma onde, esta semana, foi bater à porta. A ex-mulher abriu, mas foi surpreendida quando o manobrador de máquinas forçou a entrada e invadiu a habitação. Uma vez no interior da residência, o invasor agrediu a vítima.
Após nova denúncia, o caso passou para a dependência do Núcleo de Investigação e Apoio a Vítimas Específicas do Porto da GNR que, na última quarta-feira, deteve o agressor. Após interrogatório judicial, este ficou em prisão domiciliária, controlado por pulseira eletrónica, e novamente impedido de contactar a antiga companheira.
Nas buscas efetuadas à casa dos pais do detido, onde este vivia desde o divórcio, a GNR encontrou e apreendeu uma caçadeira, um bastão artesanal e diversões munições.