Morte de Jéssica: Inspetora da PJ afirma que nunca investigou homicídio tão cruel
A inspetora da Polícia Judiciária de Setúbal que liderou a investigação à morte de Jéssica começa a testemunhar e diz que, em anos de investigação, nunca teve um caso assim, tal era a brutalidade e a crueldade que o cadáver da menina mostrava.
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A inspetora fala num caso foi muito exigente. "Na esmagadora maioria dos casos, temos o cadáver no local do crime, mas este processo foi nesse aspeto atípico. Temos um cadáver em ambiente hospitalar e dois potenciais cenários".
"A brutalidade e crueldade foram bem visíveis na análise ao cadáver, nunca tive um caso assim", disse.
Na inspeção ao local do crime no dia em que Jéssica morreu e tendo em conta que ainda não havia certeza de que este era o local do crime, na casa de Justo, Cristina e Esmeralda, a inspetora viu os suspeitos nervosos.
"O Justo subia e descia as escadas várias vezes, a Cristina também estava nervosa. Deduzi que houve alteração de mobiliário porque o sofá tinha sido colocado junto a uma arrecadação para não ter acesso e fui eu que o arrastei para ter acesso ao local. Havia uma mancha no chão".
Os inspetores passaram depois para a casa de Inês e do seu namorado e viriam a fazer no dia seguinte nova inspeção à casa dos suspeitos, já com outros meios de recolha de prova e com a investigação numa fase que apontava para o homicídio brutal de Jéssica. "Nessa altura já tinha sido limpa a mancha no chão com lixívia", disse.