O Tribunal de Almada condenou a 19 anos de prisão, nesta sexta-feira, uma mulher, de 48 anos, por homicídio qualificado da própria mãe, de 73 anos, em Almada.
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A agressora esfaqueou brutalmente a mãe, que insistia que tomasse medicamentos para esquizofrenia e a queria ver internada, e fugiu. Em tribunal, os juízes afastaram a inimputabilidade da arguida por um eventual surto psicótico e deram como provado que a agressora agiu de forma consciente.
O crime aconteceu, em junho do ano passado, na casa onde agressora e vítima moravam, na Rua do Rogil, em Almada. A mãe e a filha discutiam frequentemente por duas razões fundamentais. Por um lado, porque a mãe que insistia, sem sucesso, que a filha tomasse medicamentos para a esquizofrenia; por outro lado, a filha pedia frequentemente dinheiro à mãe, e também sem êxito, para comprar produto estupefaciente.
No dia do crime, 10 de junho, estalou uma nova discussão entre filha e mãe. Esta queria, face à subida de tom das discussões, que aquela fosse internada e deixasse de ficar ao seu cuidado. A agressora, Susana Antunes, muniu-se então de uma faca e golpeou inúmeras vezes e de forma bastante violenta a mãe, causando-lhe a morte.
Cometido o crime, Susana pegou em dinheiro da mãe e dirigiu-se ao bairro do Monte da Caparica para comprar e consumir drogas.
As autoridades foram alertadas por vizinhos da vítima, que deram por falta desta, na manhã de 11 de junho. A PSP arrombou a porta de casa e deparou-se com o cenário de violência, acionando imediatamente a PJ. A filha da vítima, ainda suspeita do homicídio, não estava em casa, mas viria a ser localizada por uma patrulha da GNR no Monte da Caparica. Foi depois entregue à Polícia Judiciária de Setúbal e detida.