Professora confessa venda do recheio de casas arrendadas para garantir sustento
Uma professora de 44 anos admitiu, esta sexta-feira, no Tribunal da Feira, ter vendido os bens de apartamentos onde esteve a viver como inquilina para desta forma fazer frente às alegadas dificuldades financeiras e garantir a guarda partilhada de um filho.
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Perante o coletivo de juízes, a mulher, que está indiciada por um crime de burla, um crime de abuso de confiança e dois crimes de falsificação de documento, afirmou estar arrependia admitindo que não olhou a meios para "atingir os fins". "E fi-lo da forma mais errada possível", reconheceu.
Admitiu os factos constantes na acusação, incluindo a venda do recheio dos apartamentos onde esteve a viver, que justificou com a necessidade de pagar as rendas e poder alimentar os dois filhos, um de oito meses e outro de 11 anos.
"Fi-lo por dois filhos e por uma necessidade enorme de sobrevivência", afirmou a professora do ensino secundário.
De acordo com a acusação, a mulher arrendou um apartamento na Feira, em 2017, tendo para o efeito colocado como fiador o ex-companheiro, sem conhecimento ou autorização deste. Usou o mesmo método para efetuar a contratação de água, tendo inclusive falsificado a assinatura deste.
A professora terá, ainda, retirado desta habitação os móveis de cozinha, eletrodomésticos e outros bens no valor de 3435 euros.
O Ministério Público acusou, ainda, a arguida de ter vendido uma placa de fogão de uma outra habitação, em Ovar.
De referir que a professora já tinha sido condenada noutro processo que decorreu em Ovar, por um crime de abuso de confiança, também por se ter apropriado de vários objetos de uma habitação.