A esposa de um homem de Vagos que está desaparecido, desde terça-feira da semana passada, diz que foi contactada por um alegado raptor que exigiu 1500 euros para libertar o marido, mas a Policia Judiciária (PJ) de Aveiro acredita que a exigência mais não é que uma tentativa de burla de alguém que está a querer aproveitar-se da situação.
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Fonte da PJ adiantou esta sexta-feira ao JN que o caso do desaparecimento de Luís Belo, de 36 anos, está a ser tratado como um desaparecimento "normal", até porque não é a primeira vez que Luís desaparece durante alguns dias, regressando depois a casa.
Anabela Gonçalves comunicou a situação do marido à PJ mas usou igualmente o Facebook para apelar ao regresso de Luís a casa depois de ter saído para o trabalho, onde já não apareceu, e nunca mais ter sido visto pela família. Na referida rede social deixou o seu contacto e, acredita a PJ, abriu dessa forma caminho para alegados burlões. Um deles, numa mensagem, terá exigido 1500 euros a Anabela Gonçalves para libertar Luís, dinheiro esse que teria de ser transferido para um NIB que indicou. A polícia acredita ser uma "conta mula", expressão usada pelos investigadores por pertencer a outra pessoa, envolvida direta ou indiretamente no esquema, e usada pelo burlão.
A mulher informou também as autoridades que o marido levantou, poucas horas depois de desaparecer, 900 euros numa caixa multibanco. A PJ não tem indícios que este levantamento tenha sido feito sob ameaça ou violência (crime de extorsão).