Uma mulher de 33 anos foi detida pela Polícia Judiciária (PJ) por suspeitas de ter matado Sara Catalarrana, de 34, na segunda-feira à noite numa rua da Lourinhã. Na origem do crime, estarão "motivos passionais", afastando a PJ, para já, "cenários relacionados com contextos de imigração ilegal e/ou exploração laboral".
Corpo do artigo
Segundo a Judiciária, a agressora, de nacionalidade estrangeira, desferiu "sucessivos e profundos golpes na zona do pescoço e cabeça da vítima, que lhe provocaram de imediato a morte no local".
"Após intenso e contínuo trabalho investigatório, foi possível obter consistente acervo probatório que permitiu a identificação, localização e a detenção da suspeita na noite de ontem [quinta-feira]", informou este órgão de polícia criminal, destacando "o relevante contributo do Laboratório de Polícia Científica da PJ".
A detida será esta sexta-feira apresentada às autoridades judiciárias para primeiro interrogatório e aplicação de medidas de coação.
Tal como o JN noticiou, os bombeiros da Lourinhã foram acionados na segunda-feira, pelas 22.25 horas, mas quando chegaram encontraram a vítima já em paragem cardiorrespiratória. Ainda efetuaram manobras de reanimação, mas o óbito acabou por ser declarado no local.
A GNR também foi chamada, mas a investigação transitou logo para Polícia Judiciária, que em três dias deteve a alegada agressora.
Em declarações na terça-feira ao jornalistas, o irmão da vítima, que deixa órfãos três filhos, contou que Sara trabalhava numa empresa de trabalho temporário e que o atual patrão era também o seu companheiro, de nacionalidade paquistanesa.
"O que soubemos foi que ela vinha fazer um pagamento e que ele ficou na carrinha à espera. Foi o que ele me disse, do que consegui falar com ele, ao telefone. Não o conheço, nunca o vi na vida. Ele diz que, passados dez minutos, ela não regressou e que foi à procura dela. As pessoas depois não o deixaram aproximar do corpo", acrescentou o familiar, que só queria "saber o que se passou".