Mulher filmada na casa de banho: Continente comprometido com "segurança e privacidade" dos clientes
O Continente assegura estar a colaborar com as autoridades e comprometido em garantir a segurança, na sequência do caso da mulher que denunciou ter sido filmada por um desconhecido na casa de banho de um hipermercado do grupo em Mirandela.
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O JN noticiou, ontem, que uma mulher apresentou queixa na PSP alegando ter sido filmada com um telemóvel por um desconhecido, quando se encontrava na casa de banho do Continente de Mirandela.
Numa curta nota escrita enviada ao JN, o Modelo Continente refere que foi "com grande preocupação" que tomou conhecimento "da alegada situação que envolveu uma cliente da loja de Mirandela”. O caso "está sob investigação das entidades competentes", assegura o grupo, que reitera a "total colaboração" e o comprometimento com a garantia da "segurança e privacidade" dos clientes.
O caso aconteceu ao final da tarde desta quinta-feira, 14 de março, quando a queixosa foi às compras ao Continente de Mirandela. À chegada ao local, deslocou-se ao WC. "Entrei na casa de banho das mulheres, comecei a fazer as minhas necessidades e de repente comecei a ver uma sombra debaixo da porta e consegui ver os pés a andar muito devagar", relatou. "Se fosse outra mulher, batia na porta e ia embora ou esperava, mas aquela sombra parou muito lentamente. Tive o instinto de olhar para cima e vi um telemóvel parado como se estivesse a gravar, não estava a tirar fotos porque não havia movimento com a mão”, contou.
Trata-se de um crime semipúblico, ou seja, o respetivo procedimento criminal depende da apresentação de queixa, o que já foi feito, confirmou a PSP de Mirandela. No entanto, de acordo com a lei em vigor, a PSP está impedida de ter acesso às imagens de videovigilância, mas já pediu ao Continente a preservação das imagens (não podem ser destruídas, nem ter imagens sobrepostas), aguardando-se a determinação pelo Ministério Público da utilização daquele meio de prova no âmbito do processo.
A vítima diz que o objetivo principal de relatar publicamente este caso é que "todos estejam alerta”, porque "vai muita gente àquela loja". Entende que se ficasse em silêncio, seria pior: "Isto caía no esquecimento e ele [o suspeito] ia fazer mais e seria pior, porque, se conseguiu fazer isso comigo, com uma criança será pior.”