Uma mulher de 47 anos suspeita de seis crimes de incêndio florestal agravado ficou em prisão preventiva. Os factos considerados fortemente indiciados ocorreram nos dias 12, 13, 15 e 16 de setembro no concelho de Condeixa-a-Nova.
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Segundo uma nota da Procuradoria da República Coimbra, a 12 de setembro, a arguida, usando um isqueiro, ateou fogo à vegetação rasteira existente num caminho florestal, o qual alastrou e provocou a deflagração de um incêndio. De seguida, abandonou o local, tendo ardido cerca de quatro hectares de pinhal e eucaliptal.
No dia seguinte, noutro caminho florestal, ateou novamento fogo ao mato rasteiro provocando um incêndio, tendo ardido cerca de quarenta e dois metros quadrados de pinhal e eucaliptal. A 15 de setembro, no mesmo caminho florestal, ateou fogo à vegetação que se encontrava próxima a um bidão de lixo. As chamas alastraram e provocaram um incêndio que consumiu cerca de trinta e dois metros quadrados de silvas e mato.
A 16 de setembro, a arguida, em três momentos e locais distintos, munida de um isqueiro, ateou fogo a vegetação e mato rasteiro e provocou a deflagração de três incêndios. Em cada uma dessas ocasiões, a arguida abandonou os locais, onde arderam, respetivamente, cerca de cinquenta metros quadrados de feno, silvas e mato, dez metros quadrados de fenos rasteiros e mil e quatro metros quadrados de mato, silvas e feno.
"Apenas a rápida intervenção bombeiros permitiu evitar que os incêndios tomassem maiores dimensões. As condutas da arguida ocorreram em período de perigo muito elevado de incêndio florestal, face às condições climatéricas que se faziam sentir", considera a nota.
A suspeita foi detida fora de flagrante delito e apresentada a primeiro interrogatório. O juiz de Instrução Criminal determinou que aguardasse os ulteriores termos do processo sujeita à medida de coação de prisão preventiva. A investigação prossegue sob a direção do Ministério Público da 1 Secção de Coimbra do Departamento de Investigação e Ação Penal, com a coadjuvação da Diretoria do Centro da Polícia Judiciária.