Uma mulher de 32 anos terminava uma noite de diversão noturna, com um amigo, na zona do Cais do Sodré, em Lisboa, quando viu um motorista TVDE e acertou ser transportada para casa sem solicitar previamente uma viagem através da respetiva plataforma eletrónica.
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Mas, assim que o motorista deixou em casa o amigo com quem saíra, o condutor, em vez de seguir caminho até à residência da mulher, alterou o trajeto combinado e ainda a importunou sexualmente. O caso ocorreu a 3 de maio deste ano, mas só na segunda-feira, dia 16 de junho, é que o suspeito, de 43 anos, foi detido por inspetores da Polícia Judiciária (PJ).
Em comunicado enviado às redações, a PJ explica que, assim que ficou a sós com a vítima, o suspeito “alterou o trajeto contratado e tocou no corpo da mulher, tudo contra a sua vontade.”
A mulher ainda tentou pôr termo àquelas abordagens de natureza sexual, mas sem sucesso. Na sequência, sofreu um ataque de pânico e acabou por saltar do carro em andamento, na A5, que liga Lisboa a Cascais, “impedindo o suspeito de prosseguir na sua conduta criminosa.”
Segundo apurou o JN, a mulher não sofreu ferimentos graves, uma vez que a viatura circulava a baixa velocidade.
Ao JN, o atual responsável pela Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, João Oliveira, explicou que a detenção do suspeito ocorreu mais de um mês após os factos devido, em parte, à dificuldade que os inspetores tiveram em chegar à identidade do agressor, uma vez que o transporte tinha sido combinado à margem da lei, sem a intervenção de qualquer plataforma eletrónica, que pudesse facultar eventuais dados.
O homem foi detido por suspeita de crime de rapto e apresentado a primeiro interrogatório judicial, após o qual foi libertado. Ficou, porém, proibido de continuar a transportar passageiros, bem como de contactar a vítima e as testemunhas, e obrigado a apresentar-se todos os dias às autoridades.