Duas mulheres, de 32 e 41 anos, fizeram do ataque a idosas vulneráveis a viver no centro de Lisboa o seu modo de vida, mas foram detidas, no início desta semana, pela PSP e presas de forma preventiva. A última vítima da dupla tinha 90 anos e foi amarrada à cama, agredida a murro e pontapé e roubada.
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Este episódio violento ocorreu ao final da manhã de 18 de outubro do ano passado, na Mouraria, quando a nonagenária, vinda da rua Marquês Ponte de Lima, abriu a porta da pequena moradia onde vive sozinha. Aproveitando o momento, as duas mulheres empurraram a idosa, forçaram a entrada na habitação e, uma vez no interior, agrediram-na a murro e pontapé.
Em seguida, amarram-na à cama para roubarem, sem oposição, os objetos de valor que encontraram na residência e, não satisfeitas, voltaram a atacar a vítima para que esta revelasse o código do cartão multibanco de que, entretanto, se tinham apoderado.
Com a nonagenária repleta de hematomas, que obrigaram a tratamentos hospitalares, as criminosas abandonaram a casa e passaram as horas seguintes a fazer levantamentos e compras com o multibanco da idosa. Gastaram cerca de 700 euros da conta bancária da vítima.
Condenadas a pena suspensa continuaram a roubar
Na tarde do dia posterior, a dupla repetiu o método. No mesmo local, identificou outra idosa vulnerável a caminhar na rua repleta de gente e atacaram-na quando esta abriu a porta de casa. Contudo, quando entraram na habitação foram surpreendidas pela presença do genro da nova vítima, um polícia de folga, e fugiram rapidamente do local.
Estes casos foram comunicados à PSP e as suspeitas foram, ao longo dos últimos cinco meses, perseguidas pelos agentes da Divisão de Investigação Criminal e, na passada segunda-feira, localizadas e detidas. Levadas a tribunal, foram postas em prisão preventiva pelo juiz.
Para a aplicação da mais dura das medidas de coação não terá sido alheio o facto das duas mulheres, residentes em Lisboa, já terem sido consideradas culpadas pelo mesmo tipo de crime. Embora tivessem estado, uma primeira vez, em prisão preventiva, foram condenadas a uma pena suspensa de cadeia, o que lhes permitiu continuar a atividade criminosa.