Mais 1380 autuados nos transportes e espaços fechados. Só o consumo e venda de álcool geraram mais coimas.
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A PSP e a GNR multaram, em menos de dois meses e meio, 190 pessoas por não usarem máscara na rua. Desde 28 de outubro que a utilização de proteção facial na via pública é obrigatória. Outras 1380 foram autuadas desde 27 de junho por não usaram máscaras em espaços fechados (848) ou em transportes públicos (532). Só o consumo e a venda de bebidas alcoólicas à margem da lei geraram, em cerca de meio ano, mais infrações no âmbito das restrições implementadas para travar a propagação da covid-19.
Segundo dados fornecidos ao JN pelo Ministério da Administração Interna, foram registadas pelas autoridades, entre 27 de junho - data em que os infratores passaram a ser punidos com coimas - e dia 7 deste mês, 5914 situações de incumprimento. Destas, 2040 foram pessoas surpreendidas a beber álcool na rua, apesar de tal ser proibido em todo o país. Outros 118 casos referem-se a estabelecimentos comerciais, incluindo áreas de serviço, que não cumpriram as restrições de venda de bebidas alcoólicas.
Feitas as contas, as violações relacionadas com o uso de máscara e o consumo de álcool representam quase dois terços (63%) das contraordenações registadas por PSP e GNR. Em seguida, surgem os estabelecimentos que não respeitaram o horário de encerramento (873 situações), o desrespeito pelas regras de ocupação e distanciamento em locais abertos ao público (653) e as festas e outras celebrações realizadas sem cumprir as normas (324).
Os dados referentes ao estado de emergência mais recente - em vigor desde 9 de novembro e que tem vindo a ser sucessivamente renovado - mostram que nos últimos dois meses a infração que mais coimas originou foi a falta de máscara na rua, nos transportes públicos e em espaços fechados. No total, foram autuadas 414 pessoas, mais 83 do que aquelas apanhadas a consumir bebidas alcoólicas na via pública. Só cinco estabelecimentos não cumpriram, por sua vez, as regras de venda destes produtos.
No mesmo período, foram ainda detetados 44 autocarros, barcos e comboios com excesso de lotação. Desde 27 de junho, as autoridades registaram, ao todo, 127 situações do género.
Desde este domingo que o incumprimento da lei é punível com coima entre 200 e 1000 euros para pessoas singulares e entre 2000 e 20 mil euros para pessoas coletivas, o dobro do cobrado até então.