Naufrágio em Tróia: timoneiro acusado de ir para zona perigosa em troca de 200 euros
O MP acusou de quatro crimes de homicídio negligente o timoneiro do barco que naufragou ao largo de Tróia e onde morreram pai, filho e dois irmãos. A investigação da Polícia Marítima responsabiliza Manuel Coelho: este não queria perder o dinheiro que tinha cobrado, 200 euros, e arriscou ir para uma zona perigosa.
Corpo do artigo
E, de acordo com a investigação da Polícia Marítima, correu esse risco, estando ciente de que a sua embarcação de pesca desportiva ilegal não tinha sequer meios para dar o alerta em caso de naufrágio, o que sabia que podia acontecer e que, de facto, aconteceu poucos minutos depois de sair para o mar.
Ricardo e Francisco Neves, pai e filho, com 45 e 13 anos, e dois irmãos, Gabriel e José Caeiro, com 23 e 21 anos, primos de Ricardo, todos de Grândola morreram afogados na manhã de 7 de abril do ano passado. Queriam ir aos chocos e confiaram na experiência de Manuel Coelho, cuja embarcação de bandeira polaca não era obrigada a vistorias ou fiscalização ao abrigo da lei portuguesa.