Nininho Vaz Maia, o cantor suspeito de tráfico de droga, vai atuar este sábado, dia 10 de maio, na última noite da Queima das Fitas, no Porto. A garantia foi dada, ao JN, pela Federação Académica do Porto.
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O cantor foi alvo de buscas na terça-feira, por suspeitas de integrar um grupo que, nos últimos anos, usou os aeroportos do Porto e de Lisboa para importar centenas de quilos de cocaína do Brasil e vendê-las em Portugal e Espanha. A droga chegava escondida em malas de viagem que eram retiradas do porão dos aviões por funcionários de handling subornados pela rede.
Apesar de se dizer inocente, Nininho Vaz Maia é suspeito de ter transportado cocaína para Espanha pelo menos uma vez e tinha um telemóvel encriptado, semelhante aos usados por outros suspeitos. Nada aponta para o envolvimento do artista na “lavagem” do dinheiro obtido com o tráfico, mas o artista foi constituído arguido.
Avelino Abel Vaz Maia, conhecido por Nininho, cresceu num bairro de barracas, nas Olaias, em Lisboa. Aos 10 anos, viu o pai ser preso.
Aos 25 anos, pela participação numa rixa na noite, foi condenado a um ano e meio de prisão domiciliária. Em reclusão, passou a dedicar mais tempo à música e gravou vídeos a cantar e tocar guitarra no sofá da sala, de tronco nu e pulseira eletrónica no tornozelo.
No último dia da Queima das Fitas, e além de Nininho Vaz Maia, vão atuar Hybrid Theory, uma banda de Lagos, e Dealema, um dos grupos pioneiros do hip-hop português.

