Dirigente nomeada pelo Governo para substituir diretor, demitido após fuga de reclusos de Vale de Judeus, autorizou pagamentos ilegais.
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A recém-nomeada diretora-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Maria Isabel Leitão, foi condenada pelo Tribunal de Contas a repor mais de 12.500 euros. A sentença é de 2017 e diz respeito a factos de 2010, ano em que Maria Isabel Leitão era vice-presidente da extinta Autoridade Florestal Nacional (AFN) e autorizou o pagamento indevido de trabalho e despesas extraordinárias a sete técnicos florestais. O Ministério da Justiça (MJ) não vê na sentença um impedimento para o cargo.
Para o juiz conselheiro João Aveiro Pereira, a substituta de Rui Abrunhosa Gonçalves, demitido após a fuga de cinco reclusos da cadeia de Vale de Judeus, “como dirigente de topo da antiga AFN, não podia desconhecer que o pagamento em apreciação não tinha base legal nem contratual e, tal como um gestor público medianamente criterioso, atento e diligente, nas mesmas circunstâncias, tinha o dever de, em defesa do interesse público, não proferir aquela autorização de pagamento”.