Novo inspetor-geral das Polícias vai ser "intransigente" com "violações dos direitos dos cidadãos"
O novo inspetor-geral da Administração Interna, Pedro Figueiredo, prometeu, esta terça-feira, que o organismo será "intransigente" com "comportamentos desviantes" nas forças de segurança e alertou que a "eficácia" policial "tem por limite os direitos fundamentais dos cidadãos".
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"Autoridade tem de coexistir com liberdade", sublinhou ao tomar posse, no Ministério da Administração Interna, em Lisboa, o juiz desembargador, nomeado por Margarida Blasco, titular da pasta da Administração Interna, para suceder a Anabela Cabral Ferreira.
"As falhas acontecem, as violações de direitos acontecem, as violações de direitos fundamentais dos cidadãos acontecem. E haverá que reagir de forma intransigente, obviamente de forma justa e rigorosa. [...] Não poderá haver contemplações", afirmou Pedro Figueiredo.
O recém-empossado inspetor-geral da Administração Interna ressalvou, ainda assim, que os profissionais das forças de segurança têm condições de trabalho "precárias", "que não merecem" e que "contribuem para sentimentos de desconforto" que podem gerar situações de "revolta". Pedro Figueiredo defendeu, ainda, que, "sem alterações na formação base" de polícias e militares, "nada mudará" quanto ao que classificou de "comportamentos desviantes" nas forças de segurança.