Cerca de 65% dos suspeitos de crime de fogo posto, detidos pela Polícia Judiciária, foram colocados em prisão preventiva. A revelação foi feita, esta quinta-feira, em Coimbra, durante uma conferência sobre incêndios florestais, organizada no âmbito das comemorações dos 80 anos da PJ.
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O diretor nacional, Luís Neves, revelou que a PJ efetuou, até esta quinta-feira, 88 detenções, apesar de não ter sido um ano com um número anormal de ignições. Destes detidos foram 57 indivíduos a quem a justiça decidiu aplicar medidas privativas da liberdade, o que foi qualificado de "número histórico" por parte do diretor da diretoria do Centro da PJ, Avelino Lima.
"Estamos neste momento com 88 detenções por incêndios dolosos, que são da nossa competência legal. Destas detenções temos 57 indivíduos com medidas de coação privativas da liberdade. Que é um número significativo. É na ordem dos 65%, o que é um recorde em toda a nossa história", comentou Avelino Lima, questionado pelos jornalistas, após a conferência.
Para o responsável, estes números demonstram "o trabalho de investigação que é feito", explicando terem sido fruto "de toda a cooperação, com particular destaque para a Guarda Nacional Republicana, dos grupos florestais e dos meios que estão sob a sua alçada".
Com esta colaboração, Avelino Lima diz que foi possível "obter uma prova mais cabal", que era demonstrativa da responsabilidade dos detidos. Para o diretor da PJ de Coimbra, a prova "mais fortificada permitiu à autoridade judiciária não ter "qualquer dificuldade" em colocado os suspeitos em prisão preventiva ou domiciliária, tendo em conta "o tipo de crime" e os "danos causados à comunidade.