A Governo já reuniu três vezes com os sindicatos da PSP e as associações da GNR para atualizar a tabela remuneratória das forças de segurança, nomeadamente através de um suplemento de missão. As partes ainda estão longe de um acordo.
Corpo do artigo
O que pretende a plataforma da GNR e PSP?
A plataforma pretende uma melhoria dos vencimentos que passaria pela substituição do atual suplemento por serviço e risco, no valor de cerca de 100 euros, por um suplemento de missão com uma componente fixa de 712,98 euros (um aumento efetivo de cerca 600 euros) e outra variável de 20% do salário base.
Qual foi a última proposta do Governo?
A última proposta apresentada pela ministra da Administração Interna, a 23 de maio, propunha um aumento de 180 euros no atual suplemento por serviço e risco que passaria a ser de 280 euros, mais uma componente variável de 20% do ordenado base.
Qual foi a reação da plataforma?
A plataforma rejeitou a proposta. Os sete sindicatos da PSP e quatro associações da GNR vão reunir-se na segunda-feira, dia 27 de maio, para decidir se, face às propostas apresentadas, vale pena continuar as negociações.
Quais foram as propostas anteriores?
A 2 de maio, o Governo havia proposto um suplemento de missão para os oficiais no valor de 12% da remuneração base do comandante da GNR e do diretor-nacional da PSP, 9% para sargentos da GNR e chefes da PSP e 7% para guardas e agentes. Seriam valores entre 365 e 626 euros que, todavia, implicavam a extinção do atual subsídio por serviço e risco. A 15 de maio, as percentagens foram revistas em alta para 14%, 12% e 10%, valores entre os 521 e 739 euros, garantindo sempre um aumento mínimo de 150 euros, entre o novo suplemento e a extinção do anterior. A plataforma rejeitou liminarmente as duas propostas.
Como surge a reivindicação de GNR e PSP?
A 30 de novembro, o anterior Governo aprovou a atribuição de um suplemento de missão para a PJ, com retroativos a janeiro desse mesmo ano. O suplemento, que não tem qualquer equivalente nas restantes forças de segurança, pode, em alguns casos implicar um aumento mensal de até 700 euros. Uma semana mais tarde, 11 sindicatos e associações profissionais da PSP e da GNR decidem criar uma inédita plataforma para, em conjunto, exigirem um suplemento similar ao da PJ.