A Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) propôs a aplicação de sanções disciplinares a 13 polícias da PSP e da GNR por crimes de ódio. Cinco deles beneficiaram da administial papal pelo que apenas oito deverão ser castigados. Também já há arguidos constituídos com vista a procedimentos criminais.
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A IAGI conclui que, dos 591 perfis de elementos da PSP e da GNR denunciados por uma investigação jornalística por suspeita de ódio, 13 deles deveriam ser alvo de sanções disciplinares. Segundo o Diário de Notícias, que avançou a notícia, cinco destes polícias beneficiaram da Lei da Amnistra por ocasião da visita papal, pelo que apenas oito elementos serão castigados por terem infringido o regulamento disciplinar.
Os três elementos com as penas mais graves são da PSP: um chefe com 45 dias de suspensão, suspensa por dois anos, um agente principal com 90 dias de suspensão, suspensa por dois anos, e outro agente principal com 120 dias de suspensão efetiva. Ainda segundo o DN, este último terá partilhado fotos de casais multiraciais, valorizando a supremacia do "homem branco" e insurgindo-se pela "substituição" dos "povos nativos europeus" por "pretos e mulatos", bem como comentários homofóbicios.
Além das sanções disciplinares, os elementos da PSP e da GNR poderão também ser alvo de procedimento criminal. Segundo uma fonte judicial, citada pelo DN, alguns polícias já foram constituídos arguidos por indícios do crime de "discriminação e incitamento ao ódio", podendo ser condenados a penas entre os seis meses e os cinco anos de prisão.