Quatro casas das ruas Mira Douro e Henrique Galvão, na freguesia de Mafamude, em Gaia, foram assaltadas só na quinta e sexta-feira. O flagelo, relatado por moradores ao JN, arrasta-se há meses.
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Os suspeitos, ao que dizem as testemunhas, são um casal. Na quinta-feira à tarde, entraram pela porta num andar na Rua Mira Douro. O homem da casa tomava banho e a mulher, Anita, estava noutra divisão. Nenhum se apercebeu de nada, mas os assaltantes levaram uma carteira que estava em cima de um móvel.
Na madrugada seguinte, houve novo furto no mesmo prédio. Os ladrões entraram por uma janela do 2.º andar que estava aberta. Carla Olas dormia no sofá e acordou porque ouviu um barulho. Então, sentiu a sua gata muito tensa e reparou numas caixas abertas no corredor, que não tinha sido a própria a abrir. Sentiu também movimentos na varanda e, silenciosamente, desceu as escadas para a rua, para fugir. Quando já não havia sinais dos assaltantes, voltou a subir e verificou que lhe tinham levado o telemóvel, as chaves de casa, a carteira com dinheiro e os documentos. Foi à janela, quando os viu a fugir, e chamou-lhe "ladrões", ao que um deles respondeu: "O que foi? É a minha mulher".
Carla Olas avisou a vizinha debaixo, que tinha sido assaltada durante a tarde de quinta-feira. Foi nesse momento que esta encontrou explicação para o desaparecimento da sua carteira.
Os assaltos não se ficaram por ali. Ao lado, na rua Henrique Galvão, outras duas casas foram furtadas. Numa delas, os assaltantes entraram pela marquise e revistaram a casa para verem o que podiam levar. Só de manha é a que a família Martins notou que faltavam maços de tabaco, isqueiros, carteiras com documentos, chaves de casa e um relógio. Foram à marquise e tinham a porta fechada com chave do lado de fora. Tinham sido trancados na sua própria casa.
O último furto aconteceu por volta das 5 horas da madrugada desta sexta-feira. Também nesta casa os ladrões entraram sem fazerem barulho. Mas, quando estavam no quarto de Maria Amorim, abriram uma gaveta e a mulher acordou. Achando que era a filha, chamou por ela. Aí, os assaltantes fugiram, levando uma chave, com que fecharam a porta do lado de fora. Nesta residência, roubaram 200 euros, medicamentos, chaves de casa e documentos.
Todas as vítimas apresentaram já queixa na PSP e afirmam temer pela sua segurança.