Onze detidos por tráfico em Trás-os Montes só conhecem medidas de coação na segunda-feira
Já foram ouvidos, na sexta-feira e este sábado, em primeiro interrogatório, no tribunal de Vila Flor, os 11 detidos (oito homens e três mulheres), na operação “Terra Branca”. Mas as medidas de coação ainda vão ser ponderadas pela juíza de instrução.
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A operação foi coordenada pelo Núcleo de Investigação Criminal da GNR de Mirandela, na passada quinta-feira. Os detidos são suspeitos de pertencer a uma rede organizada de tráfico de droga a operar em Vila Flor e Mirandela, no distrito de Bragança. Segundo fonte ligada ao processo, a juíza responsável pelo primeiro interrogatório dos arguidos vai agora ponderar quais as medidas de coação a aplicar, remetendo essa decisão para a próxima segunda-feira.
Até lá, os detidos, com idades entre os 28 e os 56 anos de idade, vão continuar sob custódia das autoridades policiais.
Esta operação, que contou com o apoio de diversas valências daquela força de segurança e ainda de agentes da PSP, foi o culminar de uma investigação que já durava há dois anos, tendo sido realizadas diligências que “permitiram apurar que o grupo de indivíduos atuava em rede e com tarefas específicas”, revelou, na sexta-feira, o comandante da GNR de Mirandela.
Segundo o capitão Hugo Torrado, o produto estupefaciente, nomeadamente cocaína e heroína, “era adquirido junto de grandes centros” (Porto, Leiria e Setúbal), e “transportado até pequenas localidades do concelho de Vila Flor e da cidade de Mirandela". Aqui era adulterado, para se tornar "ainda mais rentável", e, posteriormente, era "dissimulado na via pública ou enterrado em terrenos agrícolas", para depois ser vendido a consumidores de "todo o distrito de Bragança”, adiantou.
No decorrer desta operação, foi dado cumprimento a 11 mandados de detenção, 14 mandados de buscas domiciliárias e oito não domiciliárias, nos concelhos de Vila Flor e Mirandela.
Além das detenções, foram apreendidas 382 doses de produto estupefaciente (cocaína, heroína, haxixe e canábis), 10.235 euros em numerário, uma pistola, duas caçadeiras, 65 cartuchos zagalote, cinco cartuchos, 20 munições, 22 telemóveis, uma viatura, vários objetos destinados à pesagem, acondicionamento e distribuição de produtos estupefacientes, três motosserras, diversas ferramentas, eletrodomésticos, bicicletas, trotinetes e dois geradores.