Os onze migrantes detidos pelo SEF na quinta-feira no Aeroporto Sá Carneiro ficaram todos sujeitos a prisão preventiva, decidiu esta tarde de sábado um juiz de instrução criminal do Porto.
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O grupo de marroquinos havia sido detido após ter causado distúrbios e avultados danos no Centro de Instalação Temporário (CIT) nas instalações aeroportuárias do Porto. Os onze detidos chegaram esta manhã ao Tribunal de Instrução Criminal, onde estiveram a ser ouvidos durante todo o dia.
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Estão indiciados pelos crimes de motim, sequestro, dano qualificado e ameaça e coação a funcionário. Ficaram todos em prisão preventiva e irão ser conduzidos ao Estabelecimento Prisinal de Custóias, apurou o JN junto de fonte oficial do SEF.
Insatisfeitos por retenção demorada
O motim terá começado quando os migrantes foram notificados da decisão do Tribunal de Loulé de prolongar a sua retenção no CIT por mais 30 dias.
Insatisfeitos por não poderem abandonar as instalações, os migrantes destruíram cadeiras, mesas e até as paredes do local. Pelo meio, ainda agrediram um outro cidadão estrangeiro que também se encontrava ali retido.
A violência usada pelo grupo obrigou a que fosse acionado o Corpo de Intervenção da PSP, que manietou os revoltosos. Os migrantes foram, então, detidos pelos inspetores do SEF.
Pediram asilo
Os migrantes estavam há quase 60 dias no CIT do Aeroporto Francisco Sá Carneiro à espera da decisão sobre o pedido de asilo humanitário que apresentaram logo que foram intercetados pela Polícia Marítima, no Algarve, a 15 de junho.
Originalmente, o grupo era composto por 22 homens. Nove foram colocados no CIT de Faro, os restantes rumaram ao Porto, onde têm provocado vários problemas.
A 4 de julho, três deles conseguiram, inclusive, fugir das instalações do aeroporto, sendo, contudo, apanhados pela PSP quando circulavam na Via Regional Interior que dá acesso ao aeroporto.