O Tribunal de Setúbal condenou João Joaquim, trabalhador da construção, a 22 anos e meio de prisão, por ter matado o patrão, Francisco Faísca, numa obra em Setúbal. O arguido também foi condenado a pagar 160 mil euros à família da vítima, a título de indemnização.
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O homicida, de 47 anos, pediu ao patrão mais dinheiro do que lhe era devido, para ir comprar droga, e não aceitou a nega. Matou-o à traição com um martelo, atingindo-o na nuca. Depois de ele cair ao chão, ainda lhe deu mais golpes. Tentou a fuga, mas foi travado pela dona da casa.
O crime ocorreu a 1 de fevereiro de 2022, numa casa da Rua Mariano Coelho, no centro de Setúbal, onde homicida e a vítima pintavam paredes. O agressor viu que o patrão tinha dinheiro na carteira e pediu-lhe mais pelo trabalho que estava a ser feito. Queria dinheiro para consumir droga. No dia anterior, tinha-lhe sido adiantado o pagamento acordado para o trabalho, mas já o tinha gasto. João trabalhava com Francisco há três anos e recebia o ordenado semanalmente.
Cometido o crime, o homicida pegou na carteira da vítima, mas a dona da casa ouviu barulho e foi ver o que se passava. Perante a mulher e o patrão prostrado no chão, o ajudante disse que aquele sofrera uma queda. E tentou fugir. Mas a mulher, com ajuda de vizinhos, travou-o nas escadas do prédio, até à chegada das autoridades. João ainda telefonou ao filho da vítima a contar que o pai tinha caído, a mesma versão que deu às autoridades, mas acabaria detido pela PJ de Setúbal.
Francisco Faísca, empresário de remodelações de casas, deixou mulher, dois filhos e um neto. Tinha a empresa FF Construções, em Setúbal, há 40 anos.